quinta-feira, 6 de agosto de 2009
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Depois de algum tempo encontrei este texto dando uma breve descrição do assunto, uma vez que este é de ampla complexidade.
Segue uma descrição de ética e seguida o texto. Lembrando que este é uma compilação de idéias e que as referências estão na rede e que não possuo as referências originais, infelizmente.
Segue:
Ética:
É, na filosofia, o estudo do conjunto de valores morais de um grupo ou indivíduo. A palavra "ética" vem do grego ethos e significa caráter, disposição, costume, hábito.
Na filosofia clássica, a ética não se resumia à moral (entendida como “costume”, ou “hábito”, do latim mos, mores), mas buscava a fundamentação teórica para encontrar o melhor modo de viver e conviver, isto é, a busca do melhor estilo de vida, tanto na vida privada quanto em público. A ética incluía a maioria dos campos de conhecimento que não eram abrangidos na física, metafísica, estética, na lógica, na dialética e nem na retórica. Assim, a ética abrangia os campos que atualmente são denominados antropologia, psicologia, sociologia, economia, pedagogia, às vezes política,e até mesmo educação física e dietética, em suma, campos direta ou indiretamente ligados ao que influi na maneira de viver ou estilo de vida. Um exemplo desta visão clássica da ética pode ser encontrado na obra Ética, de Spinoza. Os filósofos tendem a dividir teorias éticas em três áreas: metaética, ética normativa e ética aplicada.
Referencia: Ética
Ética Hacker
O código de ética hacker, apesar de não estar escrito, existe. Esse código, “socializador, de abertura e descentralização”, foi compilado dentro do MIT por volta dos anos 60, recebendo a influência tipicamente libertária da época. Basicamente são seis os vetores principais:
1. O acesso à Internet e aos computadores deve ser ilimitado e completo. A alfabetização tecnológica do povo é o caminho para o conhecimento e o conhecimento é a chave para a libertação.
2. Toda informação, sem exceção, deve estar disponível para todos. A divisão da informação é um bem potente para o crescimento da democracia e contra o controle político da elite tecnocrata. O dever ético do hacker é a repartição de seu saber com o resto da comunidade apartada da sociedade. O copyright é um conceito superado.
3. Furtos, destruição de privacidade, vandalismo e dano a sistemas da informação, ferem a ética hacker. Invadir sistemas com o intuito de explorar e se divertir é eticamente correto.
4. Questionar as autoridades. Promover a descentralização. A burocracia industrial, governamental e universitária, é inconciliável com o espírito de pesquisa construtiva e inovadora do hacker. A utopia hacker é “levar o computador às massas”.
5. O hacker deve ser julgado pelos seus atos e não por critérios de qualificação, etnia, gênero ou status social.
6. Com um computador se cria arte. Ele é a extensão ilimitada da própria imaginação pessoal.
O computador e a Internet são as novas armas de transformação e construção da realidade. E o dever do hacker é evitar que eles se tornem instrumentos de opressão.
Da Filosofia ao Social:
Em alguns sites invadidos aqui e acolá, algum hacker rememorou Nietzsche, filósofo existencialista que convulsionou a Europa do século XIX.
Em sua crítica voraz à civilização, o conservadorismo e a procedência dos “valores absolutos” implantados na sociedade da época.
A mente do hacker também passeia pelos campos explosivos do filósofo. Ele é um pesquisador por natureza. Almeja o ápice de suas capacidades para depois transcender esse ponto. Luta pelo conhecimento, pela informação. A liberdade em todos os seus vastos sentidos é seu principal objetivo.
A amplitude do conceito hacker não se restringe à tecnologia, alastra-se para qualquer atividade que envolva o intelecto. Nietzsche, por exemplo, foi um hacker da filosofia, assim como há hackers da música, das artes plásticas e da engenharia.
Na área de softwares computacionais, o conceito aplica-se a especialistas de segurança, programadores que criam aplicativos de livre distribuição, estudantes, beta-testers.
Segundo Eric Raymond, um dos maiores doutrinadores desse universo, o hacker é caracterizado pela inquietação intelectual; pelo desejo incansável de solucionar problemas, moldando sua perícia e exercitando a inteligência; pela voluntariedade em difundir conhecimento; pelo ideal de justiça; e pelo repúdio a qualquer forma de autoritarismo.
Temos visto equívocos terríveis na conceituação do hacker. O hacker direciona o seu potencial para construir, e em hipóteses atípicas usa seus dons de forma abusiva. Já o cracker produz ataques lesivos às suas vítimas, na maioria dos casos, uma vez que até mesmo o termo cracker ainda divide opiniões.
Organização Social:
A comunidade hacker é um grupo social, conforme a definição clássica: “uma coletividade identificável, estruturada, contínua, de pessoas sociais que desempenham papéis recíprocos, segundo determinadas normas, interesses, valores, para a consecução de objetivos comuns” (Fichter, 1969).
Originalmente, o hacker interage com os demais dentro de uma estrutura anarquista, sem liderança forte ou padrão rígido a seguir. Geralmente, associam-se em pequenos grupos, que trocam informações entre si, mas que agem isolados. Dentro desse grupo menor, há um líder, mas como organizador apenas, senão violaria as premissas de descentralização e antiautoritarismo.
A finalidade é sempre desbravar novos horizontes, mesmo que o objetivo principal seja a infiltração de valores novos para a sociedade, a contra-cultura.
A contra-cultura cerca a cultura vigente através de uma rede especial de comunicação, rituais, práticas comportamentais peculiares, formas de expressão e representação.
Postado por LowCypher às 16:59h
quinta-feira, 6 de agosto de 2009